segunda-feira, 4 de maio de 2009

de Carolina para Madalena (mail #7)

Madalena, o que se passa?

Não me dizes nada. O Carlos? Foi o Carlos, esse imbecil que voltou?! Fez-te promessas, imagino. Que era agora, que ia deixar a mulher, que eras tu com quem ele queria estar?! A cantiga do ladrão.

Não te quero magoada, não suporto vires depois lamentares-te que ainda acreditas no amor. E que é ele, que ele ainda pode ser o teu grande amor.

Grande amor? Existem os grandes amores que quiseres.

Eu tenho o meu primeiro grande amor, depois tive amorzinhos, depois um novo grande amor, e depois acho que encontrei o Amor.

Vais responder-me com certeza que não há amor sem sofrimento, que faz parte, que quem ama também sofre. E eu posso provar-te que não. O amor não tem de vir empacotado com sofrimento, com dor. Mas eu também não tenho verdades absolutas.

E quando estás com ele? Valem esses abraços, esses beijos, o toque dele?

Diz-me que não, que não voltaste para ele.


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